segunda-feira, abril 26, 2004

Revolucionar conhecimento sobre o funcionamento da Terra
Cimeira internacional lança plano de observação do planeta

PUBLICO.PT
Os ministros de 47 países, reunidos ontem na Cimeira Internacional de Observação da Terra, em Tóquio, lançaram um plano para revolucionar o conhecimento sobre o funcionamento do planeta e criar ligações científicas entre os povos.

Ontem ficou acordada, entre os ministros e a União Europeia, o desenvolvimento do Sistema Global de Observação da Terra, estrutura global para a próxima década que vai, pela primeira vez, "tomar o pulso ao planeta".

"O nosso ambiente não conhece fronteiras. (...) Trabalhando em conjunto, podemos encontrar soluções e impulsionar as alterações necessárias para proteger as pessoas, promover a prosperidade e preservar o planeta", disse o administrador da EPA (Agência norte-americana de Protecção do Ambiente), Mike Leavitt.

Actualmente, centenas de investigadores trabalham separadamente para monitorizar a qualidade da água e do ar, melhorar a segurança aérea e prever desastres naturais. De acordo com a NOAA - National Oceanic and Atmospheric Administration, "uma vez ligados num sistema de sistemas, os benefícios sociais e económicos serão enormes". Entre essas vantagens estão a previsão de fenómenos climáticos extremos, descobrir onde poderá surgir novo surto de Síndrome Respiratória Aguda ou malária e melhoria da monitorização da qualidade do ar.

A 31 de Julho do ano passado, 33 nações e a União Europeia adoptaram uma declaração onde se comprometeram a desenvolver um sistema de observação da Terra para sustentar tomadas de decisão por todo o mundo. Nesse encontro, os participantes lançaram o Grupo de Observações da Terra (GEO, sigla em inglês) para desenvolver o plano. O GEO - coordenado pelos Estados Unidos, Comissão Europeia, Japão e África do Sul - já organizou cinco subgrupos e criou um secretariado para apoiar as actividades. A estrutura conceptual foi apresentada ontem na cimeira de Tóquio e o plano final será divulgado numa cimeira ministerial marcada para o final deste ano.

fonte: www.publico.pt

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